Síntese/Biologia/Totalidade 8


Nomenclatura Científica

     Nomenclatura é a atribuição de nomes (nome científico) a organismos e às categorias nas quais são classificados. O nome científico é aceito em todas as línguas, e cada nome aplica-se apenas a uma espécie.
     O sistema atual identifica cada espécie por dois nomes em latim: o primeiro, em maiúscula, é o gênero, o segundo, em minúscula, é o epíteto específico. Os dois nomes juntos formam o nome da espécie. Por convenção internacional, o nome do gênero e da espécie é impresso em itálico, grifado ou em negrito, o dos outros táxons não. Ex.: Canis familiares,   Canis lupus,    Felis catus  (O primeiro nome é escrito com inicial maiúscula e o segundo nome com inicial minúscula).
Reinos dos seres vivos
Reino Monera: os seres vivos incluídos no reino Monera são unicelulares procariontes (organismos que não possuem carioteca). Os membros deste reino são as bactérias, cianobactérias ou algas verde-azuladas (BGA) e espiroquetas.
Reino Protista: o reino Protista inclui os organismos unicelulares eucariontes (com carioteca). Ele inclui os organismos que não são nem plantas nem animais. Em termos simples, os seres vivos classificados Protista são incomuns e diversas formas, que não podem ser agrupados em nenhum dos quatro restantes reinos. Por exemplo, os organismos mais simples da Terra, ameba (um protozoário) e algas marinhas gigantes (uma alga) pertencem a este reino. Os membros do reino Protista obtêm nutrição por absorção, ingestão e fotossíntese.
Reino Fungi: os fungos constituem um grupo de seres multicelulares, eucariontes, organismos não-móveis que formam hifas e micélio. Membros pertencentes a este reino faltam clorofila, portanto, eles são diferenciados das plantas. O tipo de organismos classificados como fungos incluem bolores, leveduras e cogumelos. Seu tamanho pode variar desde pequenas leveduras microscópicas até grandes cogumelos. Fungos adquirem seus nutrientes por absorção de seres mortos e em decomposição de materiais orgânicos.
Reino Plantae: engloba seres multicelulares, eucarióticos. O tipo de organismos incluídos neste reino são algas, musgos, samambaias, plantas. Estes organismos contêm os pigmentos fotossintéticos, chamados clorofila. Assim, eles sintetizam seu próprio alimento através da fotossíntese.
Reino Animalia: são grupos de multicelulares, eucarióticos. Membros pertencentes à Animalia são, por exemplo, os insetos, vermes, peixes, répteis, anfíbios, aves e mamíferos, além de outros animais. Eles não podem sintetizar alimentos e o seu modo de nutrição é através da ingestão de alimentos. Eles podem se alimentar tanto de plantas ou outros seres vivos.

BACTÉRIAS
As bactérias são seres muito pequenos que, em sua maior parte, não podem ser vistos a olho nu. Apesar de seu tamanho, elas se multiplicam em grande velocidade, e, muitas delas, conhecidas como germes, são prejudiciais a saúde do homem, pois podem causar inúmeras doenças. Elas se encontram por toda parte, e há milhares delas no ar, na água, no solo e, inclusive, em nossos corpos. Contudo, nem todas são maléficas, há aquelas que desempenham papéis extremamente úteis para muitas formas de vida, inclusive para os seres humanos. No caso de plantas, como as ervilhas, elas se beneficiam desta forma de vida, que habita em suas raízes dentro de pequenos caroços, em seu crescimento através da substância química que estas bactérias produzem. No solo existem bactérias que podem ser benéficas de várias maneiras, uma delas é ajudar as folhas velhas das plantas a apodrecerem fornecendo alimento às novas plantas. Entretanto, há certas bactérias que são daninhas aos vegetais prejudicando-os a ponto de destruí-los.No caso dos seres humanos, elas podem ser combatidas através do uso de antibióticos, que, quando usados conforme orientação médica, tem efeito eficaz sobre os germes prejudiciais a saúde. Algumas doenças causadas por bactérias são:
  
Tuberculose: é causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), atacando os pulmões. As medidas preventivas incluem vacinação das crianças com BCG, abreugrafias periódicas e melhoria dos padrões de vida das populações mais pobres.
Lepra ou hanseníase: é transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae) e causa lesões na pele e nas mucosas. Quando o tratamento é feito a tempo a recuperação é total.
Tétano: é causado pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani), que pode penetrar no organismo por ferimentos na pele ou pelo cordão umbilical do recém nascido quando este é cortado por instrumentos não esterilizados. É uma doença perigosa, que pode levar o indivíduo à morte, sendo por isso obrigatória a vacinação. Cuidados médicos em casos de ferimentos profundos são essenciais. Pode ser necessária a aplicação do soro antitetânico.
Gonorréia ou blenorragia: é causada por uma bactéria, o Gonococo (Neisseria gonorrheage), transmitida por contato sexual. Provoca ardência, corrimentos pela uretra. Seu tratamento deve ser feito sob orientação médica pois exige o emprego de antibióticos.
Sífilis: é provocada pela bactéria Treponema pallidium, que também é transmitida pelo contato sexual. Um sinal característico da doença é o aparecimento, próximo aos órgãos sexuais, de uma ferida de bordas endurecidas, indolor, o "cancro duro", que regride mesmo sem tratamento. Entretanto, essa regressão não significa que o indivíduo esteja curado, sendo absolutamente necessários diagnósticos e tratamento médicos, pois a doença tem sérias conseqüências, atacando diversos órgãos do corpo, inclusive o sistema nervoso.
Meningite meningocócita: é uma infecção das meninges. É causada pelo meningoccoco, os sintomas são febre alta, náuseas, vômitos e rigidez dos músculos da nuca. O doente deve ser hospitalizado imediatamente e submetido a tratamento por antibióticos, pois a doença pode ser fatal. É transmitida por espirro, tosse ou fala, sendo importante a notificação à escola caso uma criança contraia.

CIANOBACTÉRIAS OU ALGAS AZUIS
As algas azuis, algas cianofíceas ou cianobactérias, não podem ser consideradas nem como algas e nem como bactérias comuns. São microorganismos com características celulares procariontes (bactérias sem membrana nuclear), porém com um sistema fotossintetizante semelhante ao das algas (vegetais eucariontes), ou seja, são bactérias fotossintetizantes,liberando uma grande quantidade de oxigênio para o ar. Podem viver em diversos ambientes e condições extremas como em águas de fontes termais, com temperatura de aproximadamente 74ºC ou em lagos antárticos com temperatura próximas de 0ºC, outras resistem a alta salinidadee até em períodos de seca. Algumas formas são terrestres, vivem sobre rochas ou solo úmido, estas podem ser importantes fixadoras do nitrogênio atmosférico, sendo essenciais para algumas plantas.

PROTOZOÁRIOS
Os protozoários, seres cujo tamanho pode variar entre 2 e 1000 μm, são organismos exclusivamente unicelulares, ou seja, formados por uma única estrutura celular, sendo a maioria heterotrófica. Portanto, não consegue converter (sintetizar) matéria orgânica a partir da inorgânica, necessitando absorver os nutrientes do meio externo. São organismos com ampla dispersão em ambientes úmidos e aquáticos, com espécies de vida livre e outras parasitárias de invertebrados e vertebrados. 
Podem causar doenças, por exemplo:

  a) Tripanossomíase Americana ou Doença de Chagas

Parasita - Trypanosoma cruzi         Sintomas - Cardiomegalia, hipotensão, (morte)          Transmissão - Triatoma (barbeiro)

  b) Malária ou Impaludismo ou Febre Maleita:

Parasita - Plasmodium                   Sintomas - Acessos de febre, calafrios, anemia         Transmissão - Anopheles  (mosquito)

FUNGOS
 Os fungos apresentam um conjunto de características próprias que permitem sua diferenciação das plantas: não sintetizam clorofila, não tem celulose na sue parede celular, exceto alguns fungos aquáticos e não armazenam amido como substância de reserva. A presença de substâncias quitinosas na parede da maior parte das espécies fúngicas e a sua capacidade de depositar glicogênio os assemelham às células animais.  Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo, como as leveduras, ou multinucleados, como se observa entre os fungos filamentosos ou bolores.  São heterotróficos e nutrem-se de matéria orgânica morta - fungos saprofíticos, ou viva—fungos parasitários. Os fungos são ubíquos, encontrando-se no solo, na água, nos vegetais, em animais, no homem e em detritos, em geral. O vento age como importante veiculo de dispersão de seus propágulos e fragmentos de hifa.
Importância dos fungos: Os fungos saprófitas decompõe resíduos completos de plantas e animais, transformando-os em formas químicas mais simples, que retornam ao solo tornando o solo mais fértil (fertilizantes, humos). Os fungos são, também, importantes na fermentação industrial, são utilizados para: fabricação da cerveja, fabricação do vinho, produção de antibióticos (penicilina), fabricação de pães e o amadurecimento de queijos também dependem da atividade saprofítica dos fungos.
Fungos parasitas: causam doenças ao homem, aos animais e às plantas. Um fungo parasita conhecido é o Candida aIbicans, causador de micoses brandas que atingem os dedos as mucosas vaginais. Alguns fungos infecções graves, como a blastomicose e o micetoma, com lesões profundas na pele e em órgãos internos. Uma doença de plantas causada por fungos é a ferrugem, que ataca o cafeeiro e outras plantas economicamente importantes, provocando sérios danos à lavoura.

  PLANTAS
São seres eucariontes, pluricelulares, autotróficos, que realizam fotossíntese.
  a) Briófitas: tem os musgos como principal representante.
  b) Pteridófitas: os principais representantes do grupo são as samambaias e as avencas.
  c) Gimnospermassão as primeiras plantas a produzirem flores (inflorescências) e sementes, porém não produzem frutos (grego = gymnos = nua, grego = sperma = semente). As gimnospermas mais conhecidas são os pinheiros, ciprestes e sequóias. No Brasil uma gimnosperma nativa é a araucária, também conhecida como pinheiro-do-paraná. O pinhão é uma semente.
  d) Angiospermas: possuem como característica exclusiva, a semente contida no interior de um fruto (grego angio = urna; sperma = semente). Por esse motivo são conhecidas como plantas frutíferas. Ex. laranjeira, limoeiro, abacateiro, etc.

ANIMAIS
Todos os animais são eucariontes, pluricelulares e heterotróficos. Diferentemente das plantas, grande parte desses organismos tem capacidade de locomoção, permitindo de forma eficiente sua distribuição nos mais diversos ambientes. Outra informação relevante é que apenas neste reino são encontrados tecidos nervosos e musculares. 
   Invertebrados:
    a) Os poríferos, ou esponjas, surgiram há cerca de 1 bilhão de anos e, provavelmente, se originaram de seres unicelulares e heterotróficos que se agruparam em colônias. Possuem tecidos, mas não apresentam órgãos nem sistemas; são animais exclusivamente aquáticos.
   b) Os celenterados surgiram provavelmente entre 1 bilhão e 800 milhões de anos atrás, depois dos poríferos, portanto. Ao contrário dos poríferos, os celenterados apresentam cavidade digestiva. São também animais exclusivamente aquáticos. Ex. água-viva.
    c) Os platelmintos são seres de corpo achatado; daí o nome do grupo: platelmintos (platy = "achatado"; helmintos = "verme"). São principalmente aquáticos, vivendo nos mares, em córregos, lagos e pântanos ou em ambientes terrestres úmidos, arrastando-se no chão sobre um muco que produzem na parte ventral do corpo. Alguns tem vida livre, outros parasitam animais diversos, principalmente vertebrados. Ex. planárias, as tênias, esquistossomo.
    *Tênias:existem dois tipos de tênia: a Taenia solium, que parasita o porco e o homem, e a Taenia saginata, que parasita o boi e o homem.    As tênias são vermes que causam muito mal à nossa saúde. Elas "roubam" alimento do nosso organismo deixando-nos doentes. Para evitá-las, devemos tomar as seguintes providências: exigir que as autoridades do governo realizem obras de saneamento básico (água tratada e encanada, rede de esgotos, coleta de lixo, etc) e uma boa fiscalização da carne nos abatedouros e açougues; construir fossas nos lugares onde não haja rede de esgotos; não jogar as fezes em água ou locais próximos a alimentos que possam ser ingeridos por porcos ou bois; cozinhar bastante a carne. O cozimento prolongado mata as larvas de tênia.
    d)  Os nematelmintos (nemato = "filamento"; helmintos = "verme") são vermes de corpo cilíndrico, afilado nas extremidades. Muitas espécies são de vida livre e vivem em ambiente aquático ou terrestre; outras são parasitas de plantas e de animais, inclusive o homem. Ancilóstomos, lombrigas, oxiúros e filárias são alguns tipos de nematelmintos que parasitam os seres humanos.
    * Lombrigas: o nome científico das lombrigas é Ascaris lumbricoides. Medem aproximadamente 25 centímetros de comprimento e vivem no intestino humano. Geralmente encontram-se entre quatro e dez lombrigas nas pessoas atacadas, mas esse número pode ser bem maior.  As lombrigas são muito prejudiciais à saúde, pois se alimentam das substâncias nutritivas necessárias à vida do homem. A doença provocada por esses vermes é chamada ascaridíase e, entre seus sintomas, podemos considerar a ocorrência de náuseas, vômitos, cólicas abdominais e emagrecimento. Pode-se evitar a ascaridíase, lavando cuidadosamente frutas e verduras, ingerindo apenas água tratada ou fervida e usando instalações sanitárias adequadas.
    e) Anelídeos: neste grupo  estão incluídos os vermes cujo corpo é geralmente segmentado, dividido em anéis.  Os anelídeos vivem no solo úmido, na água doce e salgada. Podem ser parasitas ou de vida livre. Alguns são hermafroditas, mas existem também os que apresentam sexos separados.  O mais conhecido invertebrado deste grupo é a minhoca.
    f) Os moluscos são invertebrados que possuem um corpo mole geralmente protegido por uma concha calcária, ou valva. Se essa concha for formada por uma única peça, dizemos que o molusco é univalve; se a concha se dividir em duas partes, dizemos que ela é bivalve. Mas há também moluscos que não possuem concha, com a lesma e o polvo. Grande parte dos moluscos vive no mar, como, por exemplo, a lula, o polvo e a maioria dos mariscos. Alguns, como a lesma e o caracol, vivem em terra; outros, como o caramujo dos rios, vivem em água doce.
   g) Os artrópodes, invertebrados que possuem pernas articuladas, ou "juntas" móveis, tem o corpo segmentado e dividido em cabeça, tórax e abdome. Em alguns deles pode ocorrer a fusão da cabeça com o tórax e, neste caso, o corpo é dividido em cefalotórax e abdome.  Possuem um esqueleto externo, denominado exoesqueleto. É o que se chama de "casca" na lagosta, no siri, no camarão, na barata, etc.  Segundo suas características, os artrópodes foram agrupados em insetos, crustáceos, aracnídeos, quilópodes, diplópodes e outros grupos, de menor importância. 
  *Insetos: moscas, baratas, borboletas, pernilongos, etc.
  *Crustáceos: lagosta, camarão, siri, caranguejo, etc.
  *Aracnídeos: aranhas, escorpiões, carrapatos e os ácaros.
  *Quilópodes: centopeia.
  *Diplópodes; piolho-de-cobra.
  h)  Os equinodermos são animais exclusivamente marinhos, são dotados de uma esqueleto interno (endoesqueleto) calcário que emite espinhos salientes; daí o nome desse grupo (echinos = "espinho"; derma = "pele"). Ex. estrelas-do-mar, pepino-do-mar, etc.
 
 Vertebrados: Os animais vertebrados são os seres vivos que possuem o organismo mais avançado em nosso planeta. Eles possuem como característica principal: medula espinhal e coluna vertebral (formada por vértebras).
a)  Peixes - Sua pele é coberta de escamas. Eles respiram dentro da água. Ex.lampreias, arraias, peixes-palhaço, paulistinhas, barracudas, cavalos-marinhos e tubarões (esqueleto cartilaginoso).
b) Anfíbios - A maioria das espécies tem parte do seu ciclo de vida na água (girinos) e parte na terra (adulto). Pele lisa rica em glândulas mucosas e sem estruturas especializadas para proteção contra a perda de água. Tem respiração branquial e cutânea na fase larval e pulmonar e cutânea na fase adulta. Ex. sapo, rã, pererecas, etc.
c) Répteis -  São ovíparos, apresentam âmino, córion e alantóide, além do saco vitelínico como anexos embrionários. São ectodérmicos ou pecilotérmicos e a pele é seca, sem glândulas mucosas e recoberta de escamas e/ou placas ósseas. Ex. jacaré, cobra, lagarto, tartaruga, etc.
d) Aves -  São ovíparos, apresentam âmino, córion e alantóide, além do saco vitelínico como anexos embrionários. São endotérmicos ou homeotérmicos pela presença das penas. A maior parte de seus ossos são ocos (pneumáticos), não possuem dentes e seus pulmões expandem-se por meio de sacos aéreos. A pele é seca com ausência de glândulas com exceção da glândula uropigeana que produz uma secreção oleosa que é utilizada pelo animal para impermeabilizar as penas. Ex. pomba, pato, pinguim, ema, etc.
e) Mamíferos - Apresentam glândulas mamárias, sudoríparas, sebáceas e pêlos. O córion, alantóide e saco vitelínico fundem-se na maioria dos mamíferos originando a placenta e o cordão umbilical. Apresentam uma camada de tecido adiposo chamada hipoderme ou panículo adiposo como isolante térmico. Hemáceas anucleadas. Ex. gato, baleia, morcego, rato, etc.

Reprodução sexuada

     A reprodução sexuada está relacionada com processos que envolvem troca e mistura de material genético entre indivíduos de uma mesma espécie. Os indivíduos que surgem por reprodução sexuada assemelham-se aos pais, mas não são idênticos a eles. Esse modo de reprodução, apesar de mais complexo e energicamente mais custoso do que a reprodução assexuada, traz grandes vantagens aos seres vivos e é o mais amplamente empregado pelos diferentes grupos. Mesmo organismos que apresentam reprodução assexuada podem também se reproduzir sexuadamente, embora existam algumas espécies em que a reprodução sexuada não ocorre. Se o nosso ambiente fosse completamente estável, sem sofrer alterações ao longo do tempo, a reprodução assexuada seria muito vantajosa, pois preservaria, sem modificações, as características dos organismos para uma certa condição ecológica. Essa, entretanto, não é realidade. O meio ambiente sempre pode apresentar alterações. Sobreviver a elas depende em grande parte de o patrimônio genético conter soluções as mais variadas possíveis.

                                                                               Biodiversidade ameaçada

     Embora não se saiba quantos seres vivos existem na terra, a realidade é que a biodiversidade do planeta está sofrendo atualmente um declínio acentuado. Segundo algumas estimativas, mais de 5% das espécies do planeta estão desaparecendo a cada década, a taxa mais elevada em 65 milhões de anos. Extinções em massa aconteceram há muito tempo em varias ocasiões, deflagradas por eventos naturais. Nos casos atuais, os seres humanos são os grandes culpados.  A biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidades dos ecossistemas, e fonte de imenso potencial de uso econômico. A biodiversidade é a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais e, também, a base para a estratégica industrial da biotecnologia. As funções ecológicas desempenhadas pela biodiversidade são ainda pouco compreendidas, muito embora se considere que ela seja responsável pelos processos naturais e produtos fornecidos pelo ecossistema e espécies que sustentam outras formas de vida e modificam a biosfera, tornando-a apropriada e segura para a vida. A diversidade biológica possui, além de seu valor intrínseco, valor ecológico, genético, social, econômico, cientifico, educacional, cultural, recreativo e estético. Com tamanha importância, é preciso evitar a perda da biodiversidade.
     Tanto a comunidade cientifica internacional quanto governos e entidades não governamentais ambientalistas vêm alertando para a perda da diversidade biológica em todo o mundo, e, particularmente nas regiões tropicais. A degradação biótica que está afetando o planeta encontra raízes na condição humana contemporânea, agravada pelo crescimento explosivo da população humana e pela distribuição desigual da riqueza. A perda da diversidade biológica envolve aspectos sociais, econômicos, culturais e científicos.    Em anos recentes, a intervenção humana em hábitats que eram estáveis aumentou significativamente, gerando perdas maiores de biodiversidade, biomas estão sendo ocupados, em diferentes escalas e velocidades. Áreas muito extensas de vegetação nativa foram devastadas no corredor do Brasil central, na Caatinga e na Mata Atlântica. É necessário que sejam conhecidos os estoques dos vários hábitats e dos modificados existentes no Brasil, de forma a desenvolver uma abordagem equilibrada entre conservação e utilização sustentável da diversidade biológica, considerando o modo de vida das populações locais. O declínio da biodiversidade afeta a vida em todos os aspectos, importância da biodiversidade é por ser um reservatório de recursos do qual todos dependemos. Em 2010 foi o ano Internacional da biodiversidade, em função disto ocorrerão diversos eventos no mundo todo com o objetivo de divulgar a importância da biodiversidade para o nosso planeta. É fundamental que o país intensifique a implementação de programas de pesquisa na busca de um melhor aproveitamento da biodiversidade brasileira. 
 

Reprodução humana

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO: o sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora. A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Ovários: são as gônadas femininas, produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos, e os óvulos. Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formados por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero. A união do óvulo com o espermatozóide (fecundação) ocorre nas tubas uterinas. Útero: órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida.  É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio.  
         SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO: O sistema reprodutor masculino é formado por: testículos ou gônadas, vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra. Pênis, escroto, glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais. Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem  os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários. Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são armazenados. Canais deferentes: são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais. Vesículas seminais:  responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. Próstata:  glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e  ativa os espermatozóides. Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper: sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual. Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino. Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose

Métodos anticoncepcionais

Contraceptivo oral: pílula anticoncepcional - utilizada por quase 100 milhões de mulheres no mundo, a pílula consiste numa mistura de progesterona e estrógeno sintéticos, que são mais resistentes à degradação pelo fígado que os hormônios naturais. A pílula é tomada todos os dias, geralmente por um período de 3 semanas, a partir do quinto dia do início da menstruação. Uma nova menstruação ocorre cerca de três dias após a suspensão da ingestão das pílulas. Fumar durante seu uso pode aumentar dez vezes mais os riscos de morte devido a causas cardiorrespiratórias. É importante a pílula ser usada sobre um rigoroso acompanhamento médico, a fim de evitar efeitos colaterais graves, decorrentes da ingestão de hormônios.

Camisinha masculina: ela é colocada no pênis ereto do homem, com o objetivo de barrar os espermatozóides logo após a ejaculação. A camisinha, além de evitar a gravidez, também evita a aquisição de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), como sífilis, gonorréia, AIDS, etc. É um método barato e acessível a todas as camadas da sociedade, fazendo com que seja o método contraceptivo mais adotado no mundo. A sua eficácia fica em torno de 96%, se utilizada corretamente.
Camisinha feminina: é um “saco” feito de mesmo material que a camisinha masculina, que possui dois anéis nas extremidades. Um serve para facilitar a introdução da camisinha na vagina, e o outro serve para segurar a camisinha na vulva, protegendo os pequenos e grandes lábios também. Evita a aquisição de DSTs e AIDS. A eficácia contra a gravidez é de aproximadamente 97%.
Diafragma: é uma pequena cúpula feita de látex ou silicone, que deve ser introduzido na vagina momentos antes da relação sexual. Ele se encaixará na entrada do útero, obstruindo-o. Essa obstrução evita que os espermatozóides encontrem o óvulo.  Deve ser removido somente seis horas após a ejaculação do homem, para garantir que todos os espermatozóides já tenham morrido. A eficácia desse método é de aproximadamente 80%.
 DIU – Dispositivo intra-uterino: é uma peça de plástico banhada de cobre, material que funciona como espermicida. O DIU é colocado dentro do útero pelo médico, durante o período menstrual, quando o colo do útero está mais aberto. O dispositivo pode ficar por muitos anos no útero, mantendo a sua eficácia, desde que tenha acompanhamento do ginecologista. Não protege contra DSTs, e em caso de uma possível gravidez (eficácia de 98%), pode ter efeito abortivo.
 Coito interrompido: consiste em retirar o pênis de dentro da vagina momentos antes da ejaculação. Esse método é bastante falho, pois antes da ejaculação é expelido outro líquido, lubrificante, que também contém espermatozóides capazes de fecundar o óvulo.
Tabelinha: É uma tabela do ciclo hormonal e fértil da mulher, detectando assim, os dias em que pode ter relações sexuais com menor risco de gravidez. Toda mulher possui um ciclo hormonal diferente, então é muito importante ficar os seis meses criando a tabela com as informações dos ciclos. Deve ser evitado por mulheres que têm o ciclo irregular, seja por qualquer motivo. Importante lembrar que nem sempre os dias do ciclo serão numericamente iguais aos do mês.

  Laqueadura ou Ligação de Trompas: é uma intervenção cirúrgica, onde as trompas da mulher são amarradas ou cortadas, evitando com que o óvulo e os espermatozóides se encontrem. É um método definitivo, ou seja, depois que a laqueadura é feita, é impossível engravidar novamente. Deve ser um método utilizado com muita certeza do que se está fazendo. Muitas mulheres se arrependem anos após a realização da esterilização, mesmo que tenham dito ter certeza do que queriam fazer. Só é indicado para mulheres maiores que 25 anos que já tenham pelo menos 2 filhos.
 Vasectomia: é uma cirurgia feita na bolsa escrotal do homem, por onde passa o canal deferente. Esse canal é cortado, impedindo que os espermatozóides cheguem ao esperma. Isso não faz com que o homem fique impotente, nem prejudica a produção de testosterona pelos testículos. Esse método contraceptivo só é feito por recomendação médica, sendo requisitos ter no mínimo 25 anos ou dois filhos vivos, e ter passado por grupos educativos, pois é um processo irreversível.

Vírus

     Vírus são os únicos organismos acelulares da Terra atual. Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser oDNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus). A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso ou toxina. Atualmente é utilizada para descrever os vírus biológicos, além de designar, metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza de forma parasitária.

Doenças causadas por vírus

a) Gripe: produz sintomas como mal-estar, febre, dores musculares, além de tosse e secreção nasal. Geralmente o nosso corpo se defende bem contra o vírus da gripe. Algumas vezes, há necessidade de identificar possíveis vírus novos, sendo, então, realizados exames diagnósticos laboratoriais como: “swabs” de secreção nasal e sorologia viral.

b) AIDS: O HIV ou vírus da imunodeficiência humana, ataca as células do sistema imunológico (de defesa do corpo), que nos protegem contra agentes estranhos (bactérias, outros vírus, etc.) que invadem o organismo. Devido à deficiência do sistema imunológico, os aidéticos, estão sujeitos a infecções por germes chamados oportunistas, que não causariam problemas a pessoas com saúde normal. A transmissão do vírus se dá através do ato sexual e do contato com sangue e secreções contaminadas. Como, muitas vezes, as pessoas possuem o HIV mesmo sem estarem doentes, o teste para detecção desse vírus deve ser realizado em todos os indivíduos de risco.

c) Dengue: é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Os principais sintomas são: febre alta durante 3 dias, dores no corpo e nos olhos, cansaço e falta de apetite, podendo haver, também, erupções na pele semelhante ao sarampo. A dengue não tem tratamento específico. O doente deve ficar de repouso, ingerir muitos líquidos e tomar medicamentos para a dor e febre (que não contenham Ácido Acetil Salicílico, tipo AAS). É necessária a sorologia para a identificação do vírus e para a confirmação do diagnóstico.


d) Raiva ou Hidrofobia: é doença infecciosa de evolução aguda, causada por um vírus, quase sempre mortal, que se manifesta entre os animais por transtornos do conhecimento, aumento da excitabilidade nervosa e sintomas paralíticos. Transmite-se entre os animais, quase sempre através da mordedura ou contaminação de ferimentos por saliva de animais doentes do mal. O vírus está contido em alta concentração na saliva, e demais excreções e secreções dos animais acometidos da doença, além de também no sangue A hidrofobia nada mais é que o medo excessivo da água (afogamento). Geralmente, a hidrofobia é causada por um trauma sofrido na infância com líquidos, não precisa ser necessariamente água.Infecção viral do cérebro que causa irritação e inflamação do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal).

e) Sarampo:  é um doença séria que causa febre, manchas na pele e outras complicações. Sarampo é causado por um vírus e se espalha facilmente de pessoa para pessoa, atacando principalmente crianças até 10 anos, mas esporadicamente adultos também.

f) Febre Amarela: é causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti (nas cidades) e do mosquito do gênero Haemagogus (no campo). Provoca febre, vômito, dor no estômago e lesões no fígado, o que torna a pele amarelada (icterícia). O tratamento visa apenas a compensar a desidratação e a perda de sangue para dar tempo ao organismo de reagir, mas em alguns casos pode ocorrer morte por problemas cardíacos ou renais. A prevenção é feita pelo combate ao mosquito e pela vacinação, principalmente nas pessoas que vivem ou se dirigem para as regiões onde a doença se manifesta.

g) Caxumba: provoca inflamação da parótida, uma glândula salivar (daí o nome parotidite). A cura é espontânea, mas o doente deve ficar em repouso. Entretanto, principalmente nos adultos, ela pode trazer complicações para outros órgãos, como os testículos (neste caso, pode causar esterilidade).









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